quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Trânsito: uma cultura imprudente

Ouvimos falar muito sobre imprudências no trânsito, acidentes e mortes. O governo modificou a lei 11.705 do Código de Trânsito Brasileiro, a famosa lei seca, para diminuir os índices de acidentes no trânsito. Todas as tentativas para a diminuição de mortes causadas por imprudência e desrespeito são válidas. Aumentar a fiscalização, criar leis como a lei seca, fazer campanhas educativas na imprensa, tudo isso ajuda a diminuir os acidentes e a imprudência no trânsito, mas não resolve o problema.

De acordo com o Núcleo de Estatística da Polícia Rodoviária Federal, somente nas 104 rodovias federais brasileiras são registrados, em média, 13 acidentes por hora. O que dá mais de 100 mil acidentes por ano. São 10.300 mortes por ano e 86 mil feridos, só no Brasil. Isso sem contar o prejuízo econômico para o país.

Com todas essas medidas tomadas, se conseguirmos salvar uma vida sequer, já valeu a pena. Mas o problema vem da cultura, educação e conscientização dos motoristas do país.

O deputado federal Marcelo Almeida defende, com toda razão, que o problema das mortes no trânsito se resolverá a partir do momento em que o governo criar campanhas para mudar a cultura e o comportamento do brasileiro ao volante. Isso é um projeto que levará gerações para se resolver. Mas tem que resolver.

Assim como, antigamente, ninguém usava o cinto de segurança, hoje as pessoas usam sem perceberem, porque mudaram a cultura do uso do cinto de segurança.

Temos que começar de algum jeito. As pessoas estão comprando carros e, a cada dia que passa, as ruas estão mais cheias, o que aumenta o perigo de acidentes. Automóvel é para facilitar a locomoção do ser humano, não para recuperar o atraso, nem para ser usado como arma.

Luís Fernando Ramos Santos

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